Qual o papel dos pais ou responsáveis numa psicanálise com crianças?

Os responsáveis, sejam pais, tias(os), avós ou irmãos tem papel importante na constituição psíquica da criança.

Não é diferente no tocante à psicanálise com crianças aonde tal influência está para além do ato de pagar as sessões. A criança, diferente do adulto, necessita que alguém a leve, um adulto que demande por esse tratamento. Por isso, mas não só, é necessário ouvir o que estes têm a dizer sobre a criança, com que palavras nomeiam a criança. Em geral, os pais ou responsáveis levam a criança a um analista ou psicólogo quando há algo (comportamento ou sintoma) que os incomode: podem dizer que a criança é desobediente, agitada, retraída, agressiva, não presta atenção, é muito chorona, enfim, não é como eles idealizam ou esperam que ela seja. Tais nomeações referidas a criança marcam quem ela é, sendo que muitas vezes esses comportamentos observáveis e repreendidos mostram apenas do sofrimento desse pequeno em não ser a criança ideal. Por isso, a questão que permeia a entrevista com os responsáveis da criança é: que lugar a criança ocupa no imaginário deles? O que a criança representa para eles? É a partir daí que o trabalho se inicia numa psicanálise com crianças

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